Robô indiano descobre oxigênio na Lua
Nesta terça-feira (29) o robô explorador Pragyan, parte da missão Chandrayaan-3 da Índia, confirmou que há oxigênio na Lua, segundo a Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO).
1º país a pousar no polo sul lunar
No último dia 23, a Índia fez história sendo o primeiro país do mundo a pousar perto do pouco explorado polo sul lunar. (região inexplorada que fica ao lado escuro do satélite).
O momento é histórico porque vários países tentam pousar no polo do sul da Lua. No domingo (20), a Rússia tentou ser o 1º país a pousar no lado escuro do satélite, com a missão Luna-25. Mas a sonda saiu de controle e se chocou contra a Lua.
A superfície lunar, onde a sonda indiana desceu, é um terreno traiçoeiro com grandes crateras e encostas íngremes. Além disso, não recebe luz solar, levando a temperaturas extremamente baixas, que chegam a -203°C.
Há a suposição de que as crateras...
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Nesta terça-feira (29) o robô explorador Pragyan, parte da missão Chandrayaan-3 da Índia, confirmou que há oxigênio na Lua, segundo a Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO).
1º país a pousar no polo sul lunar
No último dia 23, a Índia fez história sendo o primeiro país do mundo a pousar perto do pouco explorado polo sul lunar. (região inexplorada que fica ao lado escuro do satélite).
O momento é histórico porque vários países tentam pousar no polo do sul da Lua. No domingo (20), a Rússia tentou ser o 1º país a pousar no lado escuro do satélite, com a missão Luna-25. Mas a sonda saiu de controle e se chocou contra a Lua.
A superfície lunar, onde a sonda indiana desceu, é um terreno traiçoeiro com grandes crateras e encostas íngremes. Além disso, não recebe luz solar, levando a temperaturas extremamente baixas, que chegam a -203°C.
Há a suposição de que as crateras polares permanentemente na sombra abrigam depósitos de gelo de água encapsulados nas formações rochosas. Esse gelo representa um recurso valioso que poderia ser extraído e aproveitado para sustentar a presença humana na Lua, expandindo nossas atividades no satélite natural da Terra.
Além disso, essas crateras lunares apresentam potencial para se tornarem locais ideais na construção de telescópios de última geração. Ampliando assim, a capacidade dos astrônomos de observar distâncias cósmicas ainda maiores do que o que é possível atualmente.
Oxigênio e outros elementos na Lua
A missão Chandrayaan-3 lançada no dia 23, conhecida como “sabedoria” em sânscrito, além do oxigênio, também identificou a presença de enxofre, cálcio, ferro, alumínio, cromo e titânio entre os elementos detectados.
A Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO) anunciou em um comunicado oficial que o Espectrômetro de Decomposição Induzida por Laser. (LIBS) a bordo do rover Chandrayaan-3 conduziu suas primeiras medições da composição dos elementos na superfície lunar, especificamente nas proximidades do polo sul.
Ainda mais, além dos elementos citados, as análises revelaram a existência de manganês e silício. O robô Pragyan, alimentado por energia solar e equipado com seis rodas, está programado para continuar suas explorações na região do polo sul da Lua. Além de transmitir imagens e dados científicos ao longo das próximas duas semanas.
A descoberta é de grande importância para a Índia pois o país já tinha enfrentado um revés em uma missão lunar há quatro anos durante a fase final de seu pouso. Além disso, o sucesso da Chandrayaan-3 ocorreu apenas alguns dias após um incidente envolvendo uma nave russa na mesma área lunar citada acima.
Em 2014, a Índia já havia marcado um feito histórico ao se tornar a primeira nação asiática a posicionar uma sonda em órbita ao redor de Marte. Ainda mais, a ISRO também está planejando lançar uma missão tripulada de três dias à órbita terrestre no próximo ano. Além de uma sonda destinada a estudar o Sol em setembro.
Orgulho do país
Lançada há seis semanas, a Chandrayaan-3 levou um período consideravelmente mais longo para atingir a Lua. Pois em comparação com as missões Apollo dos Estados Unidos, realizadas nas décadas de 1960 e 1970, que conseguiram chegar à Lua em questão de poucos dias.
Além disso, a Índia optou por utilizar foguetes menos poderosos em comparação aos Estados Unidos naquela época. No entanto, isso que exigiu que a sonda realizasse várias órbitas em torno da Terra para ganhar a velocidade necessária antes de prosseguir em direção à Lua.
O país mantém um programa aeroespacial de custo relativamente baixo em comparação com outras nações com capacidade semelhante. No entanto, esse programa cresceu de maneira notável desde o envio da primeira sonda lunar indiana em 2008.
O orçamento alocado para essa missão é de aproximadamente US$74,6 milhões (cerca de R$365 milhões na taxa de câmbio atual). Refletindo a eficiência em engenharia espacial que a Índia alcançou, com um custo mais baixo em relação a outras nações.
Os especialistas observam que esses custos reduzidos são viabilizados por meio da adoção e adaptação de tecnologias espaciais já existentes. Além da utilização do vasto pool de engenheiros altamente qualificados disponíveis no país, que demandam honorários consideravelmente menores do que seus pares estrangeiros.
Chandrayaan-3 atraiu a atenção do público desde o seu lançamento, cativando milhares de telespectadores.
Políticos participaram de rituais hindus para invocar sucesso à missão, enquanto estudantes acompanharam com entusiasmo os momentos finais do pouso na Lua em suas salas de aula, sintonizando-se em transmissões ao vivo.
“Estou profundamente orgulhoso. A Índia iluminou seu nome”, expressou Bhagwan Singh, um comerciante da capital do país, Nova Délhi. “É um momento de grande alegria para todos nós”, acrescentou.
O primeiro-ministro Narendra Modi declarou na quarta-feira que o êxito da missão “pertence a toda a humanidade”.
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